[FP] Nora Malbrouck

Nora Beatrice Fells Malbrouck
Jogador: Angel
Photoplayer: Barbara Palvin
Idade: 15 milhões de anos/ aparenta ter 17.
Cor dos olhos: Azuis
Cabelos: Castanhos, longos, lisos ou ondulados, dependendo da ocasião e brilhantes
Apelido: Tris, abreviação para Beatrice, seu segundo nome.

Sexo: Feminino
Filiação: Toda a casta celeste e caídos.
Raça: Arcanjo . Anjo caído . Hashmalin
Trabalha?: inferniza a vida das pessoas Q.

Mercenária. Após sua queda passou a ser uma espécie de assassina de aluguel para anjos caídos e nephilins, por mais que não goste muito da raça descendente de Gabriel. Raramente realiza trabalhos para humanos.

Sua designação original era Anjo da Morte, ou seja, responsável pela condução dos espíritos até uma das camadas do Céu, ou até, ao inferno. Também era responsável, como uma hashmalin, pela punição dos que habitavam o purgatório.

Personalidade: Nora não é exatamente o que se pode chamar de angelical. Ela já foi um dia tão doce quanto a mais pura das criaturas do Trono, mas as circunstâncias através do tempo fizeram dela o que é hoje. É extremamente irritante, egoísta, manipuladora, falsa e insensível. Não gosta de ser contrariada, mas odeia a teimosia nas outras pessoas. Tem tendências de megalomalia, pensando que é melhor e mais forte que qualquer um. Não é difícil iniciar uma briga com Nora; na verdade, ela espera que você o faça, para que ela não tenha que se dar ao trabalho.

É apegada a muitas coisas terrenas, apesar de considerar tudo muito frágil na Haled. Por incrível que pareça, não gosta de sofrimento; ela já viu demais nos anos em que serviu o Trono e foi exatamente por isso que abandonou o Céu. Se distrai facilmente, é sarcástica, ácida, bipolar, vegetariana e adora a cor laranja.

- Quais motivos o levou a cair? Nora sempre invejou o livre arbítrio dos humanos, ao mesmo tempo que os admirava; eles eram a criação perfeita, algo tão diferente dos anjos e ao mesmo tempo tão parecido. Seu desejo de estar com eles, viver como eles, sentir o que sentiam, foi o que ocasionou sua queda, mas não só isso. A arcanjo tinha a incumbência de levar as almas após a morte para seu destino final, tendo de torturar aqueles que não eram dignas de habitar o Terceiro Céu. Ver o sofrimento eterno das pessoas não era algo que ela desejava com fervor; então achou melhor se tornar um anjo caído do que colaborar com coisas que não concordava.

História do personagem: O arcanjo caminhou lentamente na direção do espírito, que parecia temeroso demais até mesmo para olhá-la. O que era estranho para Nora; aquele ser havia cometido tantos crimes em sua vida terrena, parecia tão destemido, a ponto de não se importar com as consequências... mas agora ele estava ali, se envolvendo com os próprios braços numa tentativa de proteção. - Não resta saída agora, Nathaniel - falou em voz alta, sua autoridade atravessando o espaço em que se encontravam. - Tu, e apenas tu optaste por ignorar o Trono e a vida dos que o cercavam. Devo lhe informar que seu lugar está com aqueles que são exatamente igual a ti. -- O homem a encarou, pavor transparecendo-lhe os olhos. - Não, não é um lugar bom - ela ecoou seus pensamentos.

Nora foi o último Arcanjo a ser criado. Não há privilégios em ser o caçula dos maiores anjos, pelo contrário; todos os dons magníficos e belos foram dados aos seis primeiros, os dons que ajudariam o Éden a se tornar o paraíso que seria, não fosse as traições da humanidade. Nora acabou ficando com o "trabalho sujo", porque claro, alguém tinha de fazê-lo. Seus irmãos jamais souberam o que era levar uma alma às partes mais obscuras do cosmo, ou encarar o sofrimento dos que deixavam as famílias. Muitos nem sequer acreditavam que estavam mortos, entrando em desespero assim que atravessavam a dimensão. E quem tinha de lidar com eles? Nora. A verdade é que uma hora você se cansa de aguentar as piores partes da coisa toda, enquanto outros não têm de se dar ao trabalho de pensar nos horrores do mundo. E a Arcanjo conhecida como Anjo da Morte cansou.

Quando a rebelião estourou tudo que ela queria era esmagar a cabeça de Lúcifer, aquele maldito bastardo. Quem ele pensava que era para desafiar o Trono? Nunca gostou de sua pose arrogante, mas tampouco gostava disso em Miguel; ambos eram muito parecidos, a diferença era que o Príncipe dos Anjos jamais se levantaria contra o Pai, não quando tinha tantos privilégios estando com Ele. Entretanto, pensar em seu trabalho com os hashmalins e as jornadas torturantes por que tinha de passar para desempenhar seu trabalho fizeram com que mudasse de ideia. Aos olhos de Deus e dos anjos ficaria ao lado de Lúcifer, mas não era isso. A Estrela da Manhã seria apenas sua ponte para a Terra.

Sempre soube que seriam derrotados e julgados, mas ficou extremamente grata quando suas asas não foram arrancadas. Ela ainda as teria no plano da Haled, ainda que fossem invisíveis aos olhos de humanos. Eram tão belas... de uma coloração que chegava quase ao violeta, brilhantes como estrelas. Mas ainda que não perdesse as asas, Nora perdeu coisas mais importantes: lembranças.


Dois milênios atrás...
- Eles são tão odiáveis. Como pode o Trono amá-los tanto? -- Eu sabia que Uziel não gostava da raça humana, todos sabiam, mas preferiam ignorar, principalmente o Pai. Não obstante, eu os admirava; não como se os visse como filhos -- isso era tarefa de Deus -- mas porque eles eram incríveis, mais incríveis que qualquer coisa que eu tivesse visto em todo o tempo desde que nasci. - A bondade e o amor do Trono são infinitos, abrangendo até mesmo as criaturas que não são dignas desses sentimentos -- respondi. E era completamente verdade. Era exatamente por isso que estávamos preparados para levar as Cartas às Sete Igrejas da Ásia. Imaginei o Anunciador tomando forma ao meu lado, o destino que eu queria alcançar, o espaço que seria traçado e então as sombras me puxaram.

Era estranho estar na Haled. Meu corpo inteiro era preenchido por sensações, e eu me sentia tão pequena... talvez porque meu avatar fosse uma analogia à minha hierarquia na ordem dos arcanjos. Eu estava na Igreja de Filadélfia, a mais opulenta e rica das Sete Igrejas. Me orgulhava do bom trabalho de meus mantidos, mas sabia que os bens materiais pouco importavam ao Trono. O humano estava sozinho, como solicitei em seus sonhos. Tinha uma barba espessa e olhos gentis de um azul escuro; decidi que gostava daquele humano. - Venho em nome do Trono Celeste. Sou Nora, o Último Arcanjo e tenho uma missão para ti. - ele parecia atento, interessado em minhas instruções. Era bom que estivesse. - Esta Carta só deve ser lida quando a hora chegar, nem um momento antes. Ninguém sabe o dia e nem a hora, portanto guade-a consigo até que seja necessária. Guade-a como se fosse sua vida, ou a vida da pessoa que mais preza - só eu sabia como a vida era importante para os mortais - Haverá um dia em que todas os pedaços se juntarão para cumprir o seu propósito. Antes disso, tu e tua prole serão protegidos pelos seres do Senhor, assim como o paradeiro dessas Cartas. Eu o observarei para me certificar de que ela está bem guardada.

Eu vi o local exato que o humano escolheu para esconder a Carta; eu estaria pronta para ajudar a ele ou a seus filhos quando a hora do Trono chegasse. Deus disse que o fim estava próximo, mas o tempo na Terra passava tão mais rápido... a vida humana durava minutos, segundos, milésimos.


Não era mais um arcanjo, sabia disso no momento em que pisou na Grécia. Não sentia mais seu poder, aquilo que outrora intimidara tantas almas após a morte. Estava fraca, inútil... humana. Apenas uma pitada dos poderes hashmalins permaneciam com ela; as capacidades de causar dor e desorientar as pessoas, talvez tivessem permanecido porque Deus queria se desfazer de qualquer coisa ruim que habitasse o Céu.

Demorou um tempo até que se adaptasse à vida humana, aprendesse suas manias, seus trejeitos, suas formas de pensar. Tinha de se lembrar constantemente nos primeiros anos que humanos respiram, e por isso ela tinha de imitar o movimento se quisesse viver entre eles. Encontrou outros anjos caídos -- não era difícil, visto que eles tinham uma espécie de ligação por causa de sua descedência angélica -- e nephilins, a raça repugnante que Gabriel havia criado por descuido. Passou a usar seus dons trabalhando como mercenária para essas castas, exterminando demônios que eventualmente apareciam na Haled; aparentemente os anjos caídos e os nephilins não queriam seus antigos irmãos, agora evoluídos para criaturas horrendas, os atormentando. O Trono havia deixado que alguns anjos caídos vivessem na Haled com a condição de não interferirem na vida dos homens. Para os humanos, anjos eram criaturas surreais, e deveriam permanecer, até que o fim chegasse.

E o fim demorou tanto que Nora chegou a pensar que Deus tivesse perdoado a humanidade por todas as suas falhas e lhes estivesse dando a oportunidade de continuar com suas vidas normais. Mas Nora estava errada; soube disso no momento em que sentiu o abalo do tempomoto. Sabia que qualquer ser com ligação celeste sentiria aquela movimentação no tecido da realidade que anunciava que o fim estava começando. O problema era que ela agora podia ser considerada humana, vivia no mundo dos humanos, estava sujeita a todos os castigos que a humanidade estava prestes a sofrer, e o pior: desde que caíra não tinha ideia do paradeiro de sua maldita Carta.