[FP] Cindy Campbell

Cindy Campbell, Anja caída, Anja das guardiãs da luz

Muitos a consideravam uma das "favoritas" do criador. Mas isso era sempre negado pela mesma, apesar da relação dos dois parecer estranhamente próxima.
Por ser uma das ultimas da lista de chamada para escolher seu destino, Cindy, não teve chance de escolher seu destino, mesmo tendo cogitado diversas vezes a possibilidade de se juntar a Lucifer, pois em sua mente - muitas vezes insana - achava que o anjo tinha razão em querer o livre arbitrio. Se os humanos o tinham, por que Anjos, suas criações mais fiéis e divinas não poderiam ter ?
Mas naquela hora ela teria que decidir. Todos, na verdade teriam.
Estavam no meio da lista quando o criador perdeu sua paciência e algo aconteceu; Algo que não poderia ter acontecido de maneira nenhuma... A queda.
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"O céu sob eles tremeu e o lago branco transbordou, criando uma feroz explosão de água branca e vaporosa, que cobriu tudo. O jardim do Conhecimento e o rio da Vida se fundiram. Todo o céu se sacudiu enquanto eles desapareciam em meio a tremores.
Um raio prateado foi disparado do Trono e atingiu o lado oeste do prado. O chão de nuvens se tornou negro e um poço do mais sombrio desespero se abriu como uma fossa, exatamente embaixo de Lúcifer. Com toda a sua ira impotente, ele e os anjos mais próximos sumiram.
Quanto aos outros anjos que ainda deveriam escolher, eles também perderam o direito as planícies do céu e deslizaram pelo abismo."
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"Após nove dias e oito noites a queda finalmente havia terminado, quando chegamos a terra, eu pude sentir o chão de terra molhada sob meus pés descalços. Olhei em volta, não havia ninguém alí além de mim, o céu e a paisagem desertica a minha volta. Tentei chamar por além que pudesse estar ali.
- Daniel ! Kesabel ! Lucifer ! Uriel ! Renne! Há alguém por aí ? - Nada fora dito em resposta.
Eu estava em um lugar desconhecido, e sozinha por sinal. Caminhei durante alguns dias a fio até que encontrei um pequeno vilarejo onde todos os moradores estavam dirigindo - se a uma fogueira no meio de cidade onde queimariam uma mulher que fora acusada de bruxa.
- É melhor eu tomar cuidado com o que faço nessa cidade. - Falei baixo para que apenas eu ouvisse
Então a cerimonia se iniciou. A fogueira foi acesa e eu fechei meus olhos, recusando - me a ver aquela total selvageria. Passei então, a ter um nojo extremo dos humanos, mas naquele momento deveria deixar meus preconseitos de lado, pois eu dependia deles para reconhecer aquela terra nova.
Só abri os olhos quando a mulher parou de gritar e ouvi um homem dizer :
- Morta.
Já com os olhos abertos vi os restos mortais da moça que há minutos atrás estivera viva. Não posso mentir, planejei que, em casos extremos, me renderia a Lucifer, pelo menos sabia que estaria segura - na medida do possível - com ele. Antes de aquela legião de pessoas irem para suas decidi procurar algum lugar para me alojar... Caminhei um pouco e bati na porta de uma casa pequena, imaginando que ali pudessem me receber. Parei em frente a porta e bati, imediatamente, uma mulher de aproximadamente 32 anos de idade veio me atender
- O que deseja ? - Disse ela enquanto me examinava da cabeça aos pés.
- Será que aqui, não haveria um lugar para uma viajante ?
- Senhorita aqui não é uma pousada, sinto muito. - Disse ela enquanto fechava a porta, sem rodeios
Além de selvagens, eram mal-educados também ? Que terrivel ! Não entendi como o criador divino pôde fazer criaturas tão... Imperfeitas. Então continuei minha busca... Bati em outras sete casas, todos os moradores que me atenderam disseram a mesma coisa : "Não temos espaço, sinto muito", isso foi, realmente muito cansativo e frustrante, quem sabe desistir não fosse a melhor saída ? Mas antes de começar a procurar o criador dessa confusão toda - Lucifer - para me render a sua proposta, fui até uma ultima casa. Esta era grande, vistosa e acolhedora. Bati na porta, e quem veio me atender foi uma senhora, que aparentava cerca de 60 anos de idade.
- Senhora, eu sou nova nesta cidade e não tenho aonde passar a noite. Posso ficar aqui ? - Perguntei, desesperançada.
A senhora não me analizou da cabeça aos pés como as outras pessoas fizeram, a idosa apenas me olhou nos olhos e respondeu
- É claro minha jovem.
- Muito, muito obrigada ! – disse eu, sorrindo muito
- Vamos, entre, se sente ! – Respondeu, dando passagem para que eu entrasse.
Eu entrei na casa, que era milhões de vezes maior por dentro, tinha 4 quartos, duas salas e uma cozinha. Depois de explorar a casa daquela senhora, voltei a sala e sentei – me, num banco que estava ao seu lado.
- Não quer tirar essas roupas ? Se sair assim pelas ruas, terá o mesmo fim que minha filha menina; Morta, em uma fogueira – Engoli seco com as palavras da mulher sentada a minha frente – Vamos lá ! Não seja tímida, as roupas de minha filha estão num baú, no primeiro quarto. – Continuou a falar, sorrindo para mim
- Ah, sim é claro, muito obrigada senhora... ?
- Geneviv.
- Obrigada – Agradesci novamente e corri para o quarto. Quase tinha me esquecido que os humanos não se vestiam como nós.
Entrei no quarto e abri um baú velho que havia lá, peguei um vestido vermelho com babados e rendas que havia lá e o vesti - Modéstia a parte mas ficara muito bonito em mim – deixando minhas outras roupas num canto qualquer e me dirigindo até a sala, onde eu havia deixado a dona da casa. Ela concordou comigo, dizendo que o vestido havia ficado muito bonito em mim e seria meu se eu quisesse, conversamos muito e ela pediu que eu dormisse no quarto de sua filha naquela noite.
Já com o amanhecer eu anunciei minha partida, mas Geneviv insistiu que eu ficasse mais um pouco, e como eu não tinha para onde ir, aceitei o convite.
E assim os dias foram passando – se. Geneviv se transformou numa especie de mãe pra mim e por isso, decidi morar permanentemente com ela, com esta senhora, aprendi a amar os humanos e que nem todos eram como aquela primeira que havia me atendido. Então passaram dse 20 anos até que aquela senhora que era uma “mãe” pra mim... Faleceu. Ela deixara a casa e tudo que tinha nela para mim em seu testamento. Desolada, vendi a casa para nosso vizinho que, a aquela altura, já um amigo intimo, assim como todo o resto do vilarejo, e parti dalí. A partir desse dia, viajei por inumeros lugares, nunca passei mais de um mês na mesma cidade. Até que há cerca de 13 anos atrás conheci um casal, que morava em Londres; Ryan Heel e Brendon Dylan, que me “adotaram” como sua filha e me levaram para morar junto deles e de meu “Tio”, meio irmão de Brendon, Spencer Dylan, um nephillin, que logo reconheceu “quem “ eu era na verdade. Hoje em dia ainda moro com eles que são, realmente minha familia.